Felizes seriam os quinze vereadores de Chapadinha e toda a
população se fosse possível extinguir todos os tributos e garantir salários e serviços
públicos de graça, mas o mundo real não permite que discursos demagógicos sejam
implementados sem o acompanhamento de catástrofes econômicas.
Municípios como Chapadinha sobrevivem quase exclusivamente
de recursos transferidos pelos governos federal e estadual. A arrecadação local
é muito pequena, e só não é menor graças ao Código Tributário aprovado (por
unanimidade) no governo da ex-prefeita Belezinha, que hoje viu os vereadores do
seu grupo político votarem contra as medidas de contenção da crise enviadas à
Câmara pela Prefeitura Municipal.
É sempre bom lembrar e alertas: Houve reajustes de impostos
no governo Belezinha, houve reajustes de impostos no governo Magno e haverá
reajuste de impostos no próximo governo se os repasses federais continuarem no
ritmo atual. Pode ser quem for o prefeito e os quinze vereadores (talvez alguns
dos que estão aproveitando a situação para se promover), mas muitas vezes quem
ocupa cargo simplesmente faz o que precisa ser feito, mesmo que não se agrade.
Como um pai que diz um não a quem mais ama ou um médico que
corta o corpo a sua frente, a gestão municipal sabe que recuperar a capacidade
financeira de prestar os serviços básicos é tão importante para si quanto a boa
educação de filho ou a cura de um paciente.
Melhor seria para o prefeito e os vereadores se estas medidas
tivessem sido tomadas no primeiro mês da gestão, quando a recente legitimidade
das urnas ainda lhes dava força política para tomar decisões impopulares com
menor desgaste, mas, antes tarde do que nunca, os projetos aprovados nesta quarta-feira
(26) podem trazer mudanças positivas para a gestão municipal em 2019, a tempo
de mudar muita coisa.
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