A confusão começou numa comemoração de família. Os dois
conversavam com o nível etílico um pouco acima do recomendado quando o parlamentar
externou suas preocupações com o rumo do governo e o prefeito reagiu contrariado
quando ouviu o irmão da primeira-dama lhe dizer que se a eleição fosse hoje ele
seria derrotado.
O problema aumentou durante uma recente posse de secretários
no gabinete do prefeito. Parecia que ele já estava concluindo mais um dos seus
longos discursos quando olhou o vereador entre os presentes e relembrou o diálogo
afirmando não levar a sério o diagnóstico. Constrangendo o parlamentar, o
prefeito disse que aquilo era conversa de quem estava com algo cheio de
cachaça.
O vereador, é claro, não escondeu a contrariedade com a
conversa, que havia acontecido em âmbito privado, ser tratada publicamente e
principalmente com os termos que o prefeito usou na frente de outros parlamentares
e membros da equipe de governo.
Pra piorar, ao saber das reclamações do vereador, o prefeito
foi até a casa dele e a briga tomou outra proporção. Dedos em riste e um “tu
pensa que tu é quem?” pra cada lado são a parte publicável do diálogo que eles travaram
na ocasião. O clima azedou de vez.
Um dos raros vereadores a fazer a defesa da gestão, o cunhado
do prefeito não pretende continuar fazendo este papel quando a Câmara Municipal
voltar do recesso parlamentar. É aguardar e conferir como vai ficar essa
relação.
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