Fernando Haddad é um homem sério, honrado e preparado, mas ao concorrer à reeleição para a Prefeitura de São Paulo viu o números de votos brancos e nulos (1.155.850) ultrapassar a quantidade de eleitores que queriam vê-los por mais quatro anos no cargo (967.190). E olha que o PT tinha a sua disposição para substituir Lula um nome como o de Jaques Wagner, que derrotou o carlismo na Bahia, foi reeleito, fez o sucessor, tem tudo para fazer seu grupo ganhar de novo o governo e as vagas de Senado.
O PT preferiu Haddad porque nunca fez uma autocrítica sobre ter aceito a imposição do nome de Dilma em 2010. Era óbvio que ela não tinha o preparo político para o cargo e acabou dando no que deu. Outro neófito ser escolhido agora não põe o país em risco apenas de legitimar a agenda neoliberal nas urnas, mas de entregar o Brasil ao risco fascista nesta espécie de guerra final que se anuncia para o nosso segundo turno.
O lulismo não aprendeu nada e o grande risco de derrota não é apenas um episódio eleitoral, mas de consequências institucionais imprevisíveis.
Comentários