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Mostrando postagens de 2014

Sobre favoristismo e alianças

Difícil se fazer entendido quando os brasileiros recusam o uso da razão, mas recorro a essas linhas mal escritas para que o cidadão chapadinhense possa compreender a diferença entre análise e torcida. Na tribuna da Câmara Municipal e no programa Direto ao Assunto, da rádio Mirante de Chapadinha, agradeci os votos confiados a mim como candidato a deputado federal e, analisando os demais resultados da eleição, cravei: "Belezinha é favorita para a reeleição em 2016". Infelizmente é assim. Na hora que sai a zerésima da urna a classe política e a imprensa começam logo a pensar na eleição seguinte. E, com base nas votações obtidas em 2014 em Chapadinha, Belezinha tem mais razões para comemorar do que as demais forças políticas do município. Senão, vejamos. 1. Mesmo tendo abandonado seu grupo político no município, Magno Bacelar deu muito voto para Ana do Gás. Sim, e agora? Inelegível e sem governo estadual ele terá como eleger Danúbia Carneiro prefeita? 2. Isaías

Ou derrotamos o dinheiro ou ele nos derrota

O povo de Chapadinha quis mudança e para isso derrotou com expressiva votação um dos melhores prefeitos que a cidade já teve como consequência do desgaste de quem ele escolheu para lhe suceder.   Para a tarefa de derrotar Magno Bacelar foi escolhida uma pessoa sobre quem pouco se sabia além  do fato de ser milionária, mas nada mais importava. Ela tinha tanto dinheiro, diziam seus partidários, que não precisaria meter a mão nos cofres da prefeitura (como se a corrupção fosse um crime de pobres). Agora se sabe que, mesmo tendo um patrimônio suficiente para si e para as próximas gerações da sua família, uma das primeiras ações de Belezinha foi colocar suas filhas na folha de pagamento da prefeitura, além de todos os esquemas desvios de recursos públicos que já foram descobertos nos últimos meses e outros tantos que ainda virão à tona. O pau mandado da prefeita finge que nada vê, desvia a visão da gratificação recebida pela primeira-filha, mas a explicação para essa visão

Quem não se comunica...

Lembremos a lição do velho guerreiro ...se trumbica, dizia Chacrinha.  É impressionante a incompetência do governo Dilma e do próprio PT na área da comunicação.  Há um levante neoconservador em curso sem nenhuma resposta a altura. Com o partido recuado na disputa pela sociedade desde a crise do mensalão a direita faz essa disputa formando opinião, inclusive da massa que foi agregada ao mercado de consumo durante o governo popular, com figuras como Rachel Sheherazade, Silas Malafaia, Danilo Gentili, sem contar os de sempre, como Miriam Leitão, William Waack, Arnaldo Jabor e por aí vai. Reeleita pelo projeto político O PT mantém boa parte do eleitorado e Dilma deve até ser reeleita, mas sob um desgaste enorme porque tem perdido debates importantes por pura inépcia. Os dois maiores exemplos são a Petrobras e a Copa do Mundo. Petrobras Como pode o governo popular ser derrotado no debate sobre a Petrobrás?! Talvez os mais jovens (do que eu) não lembrem, mas a em

Política dos fundos

O humorista Fábio Porchat, filho de ex-deputado federal homônimo, escreveu recente artigo que contribui para o debate pelo avesso. Cheio de senso comum, Porchat iguala os partidos políticos por baixo e ao final crava: "Eu, Fábio, tento focar nos candidatos". Ponto. Uma declaração quase Sheherazediana. Tão aplaudível quanto risível. Um dos males que mais assola a política brasileira historicamente é exatamente o personalismo. Desde dos florianistas, passando por getulistas e mais recentemente lulistas, para ficar em poucos exemplos, nos acostumamos a cultuar líderes aos invés de defendermos programas políticos.  É isso que o partidos são, ou pelo menos deveriam ser: canalizadores da vontade popular a programas políticos distintos. Digo "deveriam" porque é claro que o Brasil não possui 32 correntes de pensamento político estruturadas, mas a legislação permitiu que a criação de novos partidos se transformasse em um grande negócio para aqueles que detém o contr

Sobre solidariedade e repúdio

Apresentei na sessão de ontem duas moções de solidariedade, que foram aprovadas pela unanimidade dos colegas. Uma dirigida ao Pe. Neves e outra dirigida a prefeita. A Câmara prestou assim solidariedade ao pároco pelos ataques caluniosos que ele sofreu em represália pela sua atuação como cidadão livre chapadinhense. Nossa solidariedade também foi dirigida à prefeita Dulcilene pela distorção que algumas pessoas têm feito com relação a uma fotografia e que a atinge na sua condição de mulher, de mãe de família e de autoridade pública. Fui várias vezes vítima de ataques tão levianos quanto esses por parte dos partidários da prefeita e nunca ouvi de sua parte uma palavra de solidariedade ou de contrariedade às baixarias de seus militantes. Poderia, portanto, me calar diante da injustiça que ela agora sofre, mas faço questão de mostrar a diferença que temos entre nós. Minha divergência com sua excelência não é pessoal, nem mesmo quando ela vira o rosto para não me cumpriment

Que rumo tomará a oposição municipal?

Na acalorada politica chapadinhense as charges têm ganhado destaque. Tem pra todo gosto. Há as deploráveis, que atingem questões pessoais dos envolvidos, há as engraçadas, há as sem sentido, mas a minha preferida é esta que escolhi para ilustrar este texto e foi originalmente publicada no "cola não", digo, colunão do Café Pequeno.  Sem atingir a honra de ninguém, a montagem fez uma crítica pertinente à oposição municipal. Qual será o rumo a tomar?  E assim como a charge bem apresenta, são quatro os caminhos apontados dentro da oposição, só errou os personagens. Três, dos quatro vereadores ilustrados, já apontam para o mesmo caminho. Caso um Caso A liderança da natural da oposição caberia ao candidato derrotado pela prefeita, o deputado Magno Bacelar , mas este abandonou a disputa politica da cidade há um ano e meio, dando espaço para florescerem outros nomes que estiveram aqui durante este tempo combatendo os desastres da administração. Além da ex-prefeita Da

Um erro chamado "mensalão tucano"

É uma grande tolice o PT embarcar na onda de comparar o esquema denunciado que teria sido comandado pelo tucano Eduardo Azeredo com aquele que levou algumas das suas maiores lideranças à cadeia.  Primeiro porque reforça a idéia de que um "mensalão" federal, como cópia do que havia sido feito em Minas Gerais em 1998. Na verdade, os esquema de financiamento paralelo de campanha acontecem todos os anos, em todos os estados, nas campanhas de todos os partidos que disputam as eleições pra valer. Segundo, em que o universo Eduardo Azeredo tem o mesmo peso para o PSDB e para a direita brasileira que o José Dirceu e José Genoíno têm para o PT e para a esquerda. Condenar uma figura menor do PSDB para dar credibilidade à condenação (sem provas) da AP 470 não valeria a pena para eles?

O dilema do PT do Maranhão

Há quatro anos o PT ainda iniciava sua aliança com o PMDB no estado Maranhão. Indicando o candidato a vice-governador da coligação "O Maranhão Não Pode Parar", conseguimos dar a segunda melhor votação proporcional para Dilma Rousseff (79,09%) no nosso estado (perdendo apenas para o Amazonas), além de termos sido decisivos para a eleição em primeiro turno da governadora Roseana Sarney e dos senadores da chapa.  Naquela oportunidade, não poderia haver titubeio. O PMDB era imprescindível para eleger Dilma, Jackson Lago (PDT) apoiava José Serra (PSDB) e Flávio Dino (PCdoB) estava de volta aos braços de Zé Reinaldo (PSB), da "Frente de Libertação" e do discurso anti-Sarney, mesmo depois de termos feito a campanha para prefeito de São Luís em 2008 com a proposta do "pós-Sarney". Não tenho dúvida de que tomamos a decisão certa naquele momento, na falta de uma projeto popular para o estado, optamos pelo palanque mais forte para Dilma. Em 2014, PT