O presidente do PT federal, Rui Falcão, afirma que o partido injetará Lula e Dilma Rousseff nas eleições municipais de 2012.
“Nós queremos dar uma dimensão nacional a essas eleições”, diz ele. Com que propósito?
Segundo Falcão, o PT irá “mostrar quais os efeitos das políticas públicas do governo Lula e da presidenta Dilma no conjunto das cidades e Estados do país.”
Ou seja: o petismo levará aos palanques municipais a mesma matéria-prima que exibiu nos comícios e na propaganda eletrônica da campanha presidencial de 2010.
Voltarão à vitrine eleitoral programas como o Bolsa Família, o Minha Casa…, o PAC e um enorme etcétera.
As declarações de Falcão constam de entrevista exibida no portal do PT na web. Pode ser alcançada aqui.
No dizer do dirigente petista, “onde há uma sintonia entre as políticas locais e a política nacional, a vida melhorou substancialmente.”
Daí a intenção “nacionalizar” a disputa pelas prefeituras, aproximando-a dos programas federais tocados desde Brasília.
Falcão ressuscita uma expressão que caíra em desuso depois do escândalo do mensalão, em 2005: “o modo petista de governar.”
Afirma que, por onde passam –prefeituras, governos estaduais e Presidência— os gestores do PT deixam “uma marca.”
A “marca”, diz ele, já é “nacional”. Sob o PT, trombeteia Falcão, governa-se “para todos”, mas dá-se “prioridade à população mais carente.”
O PT, que outrora vendia-se ao eleitor como detentor do monopólio da ética, deixou outras marcas em suas administrações.
Mimetizando práticas que antes criticava, o partido rendeu-se, por exemplo, à fisiologia. Sobre isso, porém, Falcão não foi inquirido na entrevista companheira.
Em fase de elaboração, a tática eleitoral do PT será aprovada num congresso partidário que ocorrerá entre os dias 2 e 4 de setembro.
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