Quem chefiar o poder Executivo nunca poderá abrir mão da prerrogativa de indicar seus ministros, secretários e demais auxiliares. O discurso é sempre o mesmo: "Nenhum partido é dono de nenhum espaço". Tudo bem, mas acordo feito é acordo cumprido.
No caso do Maranhão, a governadora reeleita Roseana Sarney monta sua própria equipe com o poder que o povo lhe deu, mas sabe que depende de apoio político para governar e para realizar "o melhor governo da sua vida".
Reeleita graças à aliança do seu PMDB com o PT, Roseana garantiu ao partido do presidente Lula que lhe caberia indicar o vice-governador do estado e os secretários de Educação, Desenvolvimento Social e Trabalho, este último uma indicação mais dela do que do partido e até aqui foi assim que as coisas aconteceram.
A exoneração do ex-secretário de Educação Anselmo Raposo a pedido do próprio partido não poderá servir de argumentação para o descumprimento unilateral do acordo feito. Se Roseana quiser indicar algum "não petista" para comandar a pasta, deverá fazê-lo em novo acordo com o partido ampliando seus espaços em outros setores do governo.
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