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Mostrando postagens de janeiro, 2010

Franklin sobre Gabeira: desonesto

Noticia-se na imprensa que o ex-deputado Márcio Fortes (PSDB), peça rara, será o candidato a vice-governador do Rio de Janeiro da chapa encabeçada pelo deputado Fernando Gabeira (PV). Gabeira, pra quem não lembra, é o moralista que saiu do PT por uma questão de coerência política e hoje se alia aos tucanos. Transcrevo trecho de entrevista que o hoje ministro Franklin Martins concedeu ao Blogue do Braga em dezembro de 2006: " BB : Você participou, ao lado do hoje deputado Fernando Gabeira (PV-RJ), de um dos momentos mais emblemáticos da resistência que foi o seqüestro do embaixador americano. Como é sua relação com o Gabeira hoje? FM : É uma relação formal. Nunca tive uma relação realmente boa com ele e ficou um pouco pior depois que ele escreveu aquele livro "O Que É Isto Companheiro?". BB : Por que? FM : Porque é um livro desonesto. BB : Em que pontos? FM : Ele tentou passar a impressão de que tinha alguma coisa contra aquilo tudo quando, na verdade, não tinha. BB :

A tal campanha extemporânea

O ex-prefeito da cidade Rodrigues Alves (AC), Francisco Vagner de Santana Amorim (PP), o Deda Amorim anunciou no Twitter a sua pré-candidatura a deputado estadual e foi condenado pelo TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Acre por propaganda eleitoral antecipada. Para o procurador-regional eleitoral substituto Paulo Henrique Ferreira Brito, os posts eram uma promoção da candidatura para 2010 de Amorim, que, por lei, só pode ser divulgada a partir de 6 de julho. A disputa é grande, mas esta história de "campanha antecipada" deve ser a maior hipocrisia da legislação brasileira. Todo político está o tempo todo atrás de voto. Começando, de preferência, quatro anos antes da eleição que ele quer disputar. É um típico caso da lei brigando com a realidade.

Partido e família rachados

Além da política nacional, acompanho também a política de alguns estado em particular. Em especial a do Rio Grande do Norte. Por três motivos: É um estado com grande quantidade de lideranças nacionais, é o estado natal de minha esposa, é muito pitoresca. Na última eleição municipal, o PT lançou, pela quarta vez consecutiva, o nome da deputada Fátima Bezerra na disputa pela prefeitura da capital, Natal. Fátima teve o apoio de um presidente bem avaliado, de uma governadora bem avaliada, de um prefeito bem avaliado, do então presidente do Senado Federal. Até o apoio da Globo, controlada nas terras potiguares pela família Alves, Fátima teve o apoio. Resultado: perdeu no primeiro turno para Micarla de Souza (PV), uma jovem dona/apresentadora de TV e filha de político, o já falecido ex-senador Carlos Alberto de Souza . Micarla, é bom lembrar, tinha o apoio do senador José Agripino Maia (DEM). Portanto, esta e a eleição de Silvio Mendes (PSDB) em Teresina foram as duas únicas derrotas lulis

As "polêmicas" no PNDH-3

Só agora escrevo sobre a polêmica terceira versão do Plano Nacional de Direitos Humanos porque só agora consegui ler todo o documento e escrever um texto que comente, ponto a ponto, os trechos mais polêmicos. Não poderia escrever tendo como referência aquilo que a imprensa vem falando sobre ele, nem poderia comentá-lo superficialmente. Antes é preciso dizer algo. Lula, como se vê ao lado, certamente não deve ter lido o documento antes de assinar. O presidente não faria outra coisa se lesse todos os decretos que assina, ou se respondesse a todas as cartas que recebe, ou se recebesse todos que pedem uma audiência com ele. O documento foi preparado pelos ministérios, sobretudo a Casa Civil, de acordo com consultas feitas à população, a principal delas por meios das conferências. O governo Lula não tem uma política de marginalização ou de criminalização dos movimentos sociais. Lula sabe que deve também aos movimentos sociais sua eleição e sua manutenção no poder. Sem deixar mão o

"Neoliberal não, olha o respeito"

O ex-governador da Bahia, Paulo Souto , estrela remanescente do carlismo, debateu hoje no twitter com um usuário que assina @ ÚltimoBaile sobre as diferenças da sua administração para a atual, comandada pelo petista Jaques Wagner . Em certo ponto da conversa (veja aqui , aqui , aqui , aqui e aqui ) Souto afirmou: " Agradeço as suas referências, mas vamos a alguns pontos. Por exemplo, esta história de neo-liberal. O que voce classifica de esquerda, a oposição ao meu governo, ou seja o PT da Bahia, ficou quatro anos chamando o governo de neo-liberal e (dizendo) que estava privatizando a saúde porque criamos a Lei das Organizações Sociais, para fazer a operação de hospitais. Hoje o governo do PT, felizmente manteve o sistema e até exacerbou contratando dezenas de empresas para atuar dentro dos hospitais públicos, num sistema de controle quase impossível. E então quem é neo-liberal? " Este final do argumento soutista, "E então quem é neo-liberal?", soa como