Assim votaram os senadores:
Contra:
Adelmir Santana (DEM-DF)
Álvaro Dias (PSDB-PR)
Antonio Carlos Junior (DEM-BA)
Arthur Virgílio (PSDB-AM)
César Borges (PR-BA)
Cícero Lucena (PSDB-PB)
Demóstenes Torres (DEM-GO)
Eduardo Azeredo (PSDB-MG)
Efraim Morais (DEM-PB)
Eliseu Rezende (DEM-MG)
Expedito Junior (PR-RO)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Geraldo Mesquita (PMDB-AC)
Heráclito Fortes (DEM-PI)
Jarbas Vasconcellos (PMDB-PE)
Jayme Campos (DEM-MT)
João Tenório (PSDB-AL)
Jonas Pinheiro (DEM-MT)
José Agripino (DEM-RN)
José Nery (PSOL-PA)
Kátia Abreu (DEM-TO)
Lúcia Vânia (PSDB-GO)
Mão Santa (PMDB-PI)
Marco Maciel (DEM-PE)
Marconi Perillo (PSDB-GO)
Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Mario Couto (PSDB-PA)
Marisa Serrano (PSDB-MS)
Papaléo Paes (PSDB-AP)
Raimundo Colombo (DEM-SC)
Romeu Tuma (PTB-SP)
Rosalba Ciarlini (DEM-RN)
Sérgio Guerra (PSDB-PE)
Tasso Jereissati (PSDB-CE)
A favor
Almeida Lima (PMDB-SE)
Aloísio Mercadante (PT-SP)
Antonio Carlos Valadares (PSB-SE)
Augusto Botelho (PT-RR)
Cristovam Buarque (PDT-DF)
Delcídio Amaral (PT-MS)
Edson Lobão (PMDB-MA)
Eduardo Suplicy (PT-SP)
Epitácio Cafeteira (PTB-MA)
Euclydes Melo (PTB-AL)
Fatima Cleide (PT-RO)
Flavio Arns (PT-PR)
Francisco Dornelles (PP-RJ)
Gerson Camata (PMDB-ES)
Gilvam Borges (PMDB-AP)
Gim Argello (PTB-DF)
Ideli Salvatti (PT-SC)
Inácio Arruda (Pc do B-CE)
Jefferson Péres (PDT-AM)
João Durval (PDT-BA)
João Pedro (PT-AM)
João Ribeiro (PR-TO)
João Vicente Claudino (PTB-PI)
José Maranhão (PMDB-PB)
José Sarney (PMDB-AP)
Leomar Quintanilha (PMDB-TO)
Magno Malta (PR-ES)
Marcelo Crivella (PRB-RJ)
Neuto do Conto (PMDB-SC)
Osmar Dias (PDT-PR)
Patricia Saboya (PDT-CE)
Paulo Duque (PMDB-RJ)
Paulo Paim (PT-RS)
Pedro Simon (PMDB-RS)
Renan Calheiros (PMDB-AL)
Renato Casgrande (PSB-ES)
Romero Jucá (PMDB-RR)
Rosenana Sarney (PMDB-MA)
Sérgio Zambiasi (PTB-RS)
Serys Slhessarenko (PT-MT)
Sibá Machado (PT-AC)
Tião Viana (PT-AC)
Valdir Raupp (PMDB-RO)
Valter Pereira (PMDB-MS)
Wellington Salgado (PMDB-MG)
Resultado: 45 votos favoráveis e 34 contrários. Como eram necessário três quintos dos 80 possíveis votos, por se tratar de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) a CPMF deixará de ser cobrada assim que este ano findar.
Já declaramos apoio à CPMF. Ela é tão importante que não deveria ser prorrogada, mas sim instituída como permanente. É o único tributo insonegável, atinge os mais os ricos, representa uma receita considerável etc.
A não prorrogação da contribuição, como o Blog do Braga disse ontem, tem como pano de fundo a sucessão presidencial de 2010. A oposição tentou (e conseguiu) sabotar o governo Lula diminuindo suas receitas. Não que nós vamos voltar ao caos econômico, mas teríamos mais condições de fazer investimentos, aumentar os programas sociais e pagamentos da dívida com o dinheiro da CPMF.
Como conseqüência do fim da CPMF as taxas de juros não cairão tão cedo. Se duvidar a Selic pode até subir. A rigidez fiscal agora é coloca em dúvida e sua excelência o Mercado perde parte da confiança da economia tupiniquim.
Em resumo: Tentando atrapalhar o governo as oposições atrapalham o Estado brasileiro.
As oposições não votaram pensando no que é melhor para o país. E sim por questões do jogo político. O PSDB é o caso mais engraçado. "Não venham dizer que nós não negociamos", bradou o líder tucano no Senado Arthur Virgílio (PSDB-AM). É verdade. Sentaram para conversar com ministros, que cederam na maioria das reivindicações e nada. O PSDB disse que aceitaria a CPMF por apenas um ano e que durante este ano queria que fosse realizada uma reforma tributária. O presidente Lula disse que topava, mas o PSDB deu pra trás. O senador Mário Couto (PSDB-PA) disse que o governo deveria destinar toda a receita do "imposto do cheque" para a área da saúde. Virgílio, sempre ele, foi além. Disse que se o governo aceitasse essa condição seu partido votaria pela prorrogação. O governo topou de novo e o PSDB deu pra trás de novo. Ora, que diabos de negociação é essa?!
Alguns senadores chamaram a atenção pelo voto. O PSDB e o ex-PFL (DEM) conseguiram que todos seus senadores votassem contra o governo. Nessa brincadeira, alguns senadores de estados (que eles são eleitos para representar) em situação financeira calamitosa votaram para seus estados receberem menos receitas. João Tenório (PSDB-AL), Cícero Lucena (PSDB-PB) e Lúcia Vânia (PSDB-GO) estão entre estes.
O que resta agora é esperar que o Congresso realize uma reforma tributaria no ano que vem, que desonere, combata a sonagação, simplifique o sistema e faça justiça. Com ou sem a CPMF.
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