Há quem diga que o espectro político é como uma ferradura e, portanto a extrema-esquerda é muito próxima à extrema-direita. Talvez seja o que ocorre hoje com o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL).
Recentemente formado, em grande maioria, por ex-petistas que saíram expulsos ou no calor da crise do valerioduto, o PSOL se preocupa mais em bater nos quadros petistas do que combater os conservadores que tanto já atrasaram o Brasil. Isto fica claro na posição do partido neste 2º turno. Sua fundadora, presidenta e candidata a presidente Heloísa Helena decidiu não apoiar nem Lula nem Alckmin, mesmo sendo o Psol um partido de esquerda. Até aí tudo bem, eles criticaram tanto o governo Lula quanto o governo FHC do PSDB de Alckmin. Porém, HH proibiu os filiados do seu partido (repito, partido socialismo e LIBERDADE) a declararem preferência por qualquer um dos dois candidatos. Ora, é natural que a maior parte dos seus comandados preferissem apoiar Lula, não por achá-lo um ótimo presidente, mas para evitar a volta do PSDB que, na visão dele, é ainda pior que o PT.
Já falei aqui do rancor de HH que a fez até se aliar a ACM no Senado, mas até isso tem limite. Será que por pura sede de vingança ela está disposta até a não tentar evitar a volta dos tucanos ao poder?!
Plínio de Arruda Sampaio, a pessoa mais equilibrada do PSOL, declarou, segundo o jornal "Hora do Povo", que pedirá em reunião do diretório nacional do partido que uma posição seja tomada em favor à candidatura de Lula, ou em repudio da candidatura tucano-pefelista. Quero ver no que isso vai dar.
OBS: Plínio, volte pro PT.
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